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quarta-feira, 18 de julho de 2012

A VERDADE SOBRE A GREVE DOS PROFESSORES FEDERAIS

Recebo e-mail da professora Jacimara, da Ufersa/Angicos. Ela está preocupada com alguns falsos rumores sobre a greve nas instituições federais superiores de ensino, e esclarece pontos chaves.
Acompanhe.
Saudações Carlos Costa.

Preocupada com as falsas notícias sobre a greve dos professores, elaborei um pequeno texto resumido sobre a proposta do Governo. Os textos completos podem ser encontrados no site do ANDES, mas são muito direcionados a categoria, no texto em anexo tentei facilitar a compreensão do discurso.

Temos uma professora de Angicos que está em Brasília acompanhando as negociações junto ao sindicato. A UFERSA está fazendo a sua parte neste movimento e informar a sociedade é um dever e uma obrigação da nossa luta.


GREVE DOS PROFESSORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

EXPLICANDO ALGUMAS FALSAS NOTÍCIAS

Com proposta indecente, no mínimo desrespeitosa do governo, apenas 10% dos docentes podem alcançar ganhos reais até 2015.

Em respeito à sociedade angicana, de forma resumida pretendemos esclarecer alguns pontos sobre a proposta do Governo Federal com relação a Greve dos professores das Instituições Federais.

A proposta apresentada pelo governo federal na última sexta-feira (13) aos professores em greve sequer recompõe as perdas inflacionárias dos salários de grande parte da categoria que ficou sem aumento durante 5 anos. Esta é a análise preliminar do Comando Nacional de Greve dos ANDES-SN, que foi encaminhada para a base e será analisada durante esta semana nas assembleias locais nas Instituições Federais de Ensino.

Os 45% de aumento, anunciado em todos os jornais, atingirá apenas 10% do total de professores em três anos. Esta é a porcentagem de docentes que estão no topo da carreira – Doutores Titulares. Não houve nenhuma proposta sobre a data-base para os professores, continuando à mercê da boa-vontade do governo para ter-se aumento salarial. Até o salário mínimo possui uma data-base anual, nossa categoria não.

O aumento dos salários dos Deputados e Senadores acontece num estalar de dedos... os demais trabalhadores do Brasil precisam de muita luta e paciência... três anos é a promessa do Governo.

A grande luta dos professores é por alterações no plano de cargos e carreiras. O governo reduziu de 17 níveis para 13, mas aumentou o tempo de progressão de 18 para 24 meses entre um nível e outro, aumentou a carga mínima de hora-aula por semana, aumentou o número de disciplinas, consequentemente diminuindo o tempo para a pesquisa, mas a cobrança em produtividade de publicações é mesma. 

Um doutor que levava aproximadamente 11 anos para chegar ao topo da carreira, pela atual proposta do governo levará, portanto, aproximadamente 17 anos. E um professor mestre, a maioria nas novas federais (inclusive UFERSA), levará 21 anos para chegar ao topo. E ainda, pelas limitações desse processo calculou-se que 20% chegarão à classe de professor Titular. Ou seja, pela nova proposta 80% dos docentes não chegarão nunca ao topo da carreira.

É assim que o governo quer estimular que bons cérebros permaneçam na Universidade para formar pessoas em áreas estratégicas para o país, como as Engenharias? Os alunos de Engenharia conseguem propostas muito melhores no mercado. Antes de sermos professores somos profissionais altamente qualificados e concorrer no mercado de trabalho privado não é tarefa difícil para a maioria.

O movimento continua forte e conta com 95% das IES em greve. No início da greve, à dois meses atrás a mídia divulgava que das 96 instituições federais 55 aderiram a greve. Eles não mostraram que as Universidades Federais somam 59 instituições.

Hoje os IFES – Institutos Federais enfrentam a luta com as universidades. Apenas a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) não tiveram votação em assembleias favorável à paralisação e continuam fora da greve.

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Jacimara Villar Forbeloni
Coordenação de Extensão
Coordenação do PIBID-Computação
UFERSA - Angicos

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